sábado, 7 de julho de 2012




Quando me prendes e me amarras,
o fluxo do meu sangue percorre rios de infinito delirio.
E eu me molho, me transbordo, suspiro e gemo sem que me ouças.
Quando me sinto acorrentada, me excito, e me inclino diante da minha agonia de prazer, de calor, de dedos.
Minha lingua pede liberdade,
Meu íntimo implora que me escravize.
Só me sinto solta se estou presa.
Só domino, se estou em seu cativeiro.
Entre meu corpo e minha alma, se esconde um nevoeiro.
Nada passa desapercebido, limpo, sem libido.
Meu corpo marcado por suas correntes, é meu paraíso.
Nesse território perco os limites.
Ultrapasso bêcos.
Vou fundo ao fundo, saciando todos os meus desejos!

NÃO TE QUERO PELA METADE


Não te quero comer pela metade,
Não é assim que te espero entre minhas pernas.
Quando me tocas por completo, é insano o meu desejo.
Nada espero, senão a profunda gulodice de suas taras.
Não me entrego.
Eu me cedo.
Te descasco, e te como. Sem pudor. Sem freios.
Em minhas linhas retilinéas deslizas teu membro. E eu me escorro, te lambuzo, com meu cheiro.
Nada em nós é metade.
Nada em mim, é mêdo!