terça-feira, 11 de janeiro de 2011

NÃO HÁ AMOR SEM DOR...

Nada mais encontrarás que um imenso buraco negro, cada vez que procurares em outro, aquilo que desconheces em ti mesmo!
Amor nada mais passa que um rompante de euforia e extase terminado ao chegar da razão.
Não me cabe sequer intensão em buscar os seus catados que deram certo. Pois se foram, brevemente cortados pela lâmina agonizante do futuro que nunca precederam.
A Agonia é mãe da Desventura.
Como seu pai, infame Desejo, perambula pelos bêcos do mêdo.
Meu berço cabe em mim mesma.
Deito na lama para sentir conforto.
Seco meus cabelos nos farelos desajeitados de um quotidiano fatídico, mortalizado.
O céu, negrume de farpas afiadas pelas estrelas um dia dissipadas. Nada pode nos dar a não ser um abismo vácuo de soluços amaldiçoados.
O amor não é um sentimento, é uma sentença.
Que sua guilhotina dourada nos caia a cabeça sem sonho algum, sem nada.
Segue teu caminho, torpe andarilho.
Aqui nesse lugar, não há mais nada de seu.
Tudo está irremediavelmente disperdiçado.
Todos os nectares já escorreram entre suas extensas pernas trêmulas.
Lágrimas já brindaram a tua face, abençoadas pelo açoite do chicote maldito.
Não acreditem em tudo o que vêem.
Não ouçam tudo o que falam.
Não vejam nada além daquilo que destemem, ou desacreditem.
Mesmo que pareça morto, afie suas facas, e espete!
A Dor, é o estigma de tudo que se move...

Nenhum comentário:

Postar um comentário